Estava observando a vida nas ruas da janela do meu carro, cenas comuns (infelizmente), me fizeram refletir e transformei na seguinte crônica! Compartilho com vocês.
Puxa, puxa
Puxa a corrente dela!
Pra não ficar sem comida na panela
Poxa, poxa
Que decepção, é tão clara a solução.
Tira da rua e dá educação
Tem que ser logo
Senão se alastra mais o problema
E fica tão grande, quanto o eco
Peeeeeeeeegaaaaaaaaa ladrão!!!!
Dez centavos, tio. Pra comer qualquer coisa.
Não fica aí pensando, senão amigo, te mostro onde vai
parar.
A vida em pouquinho tempo me ensina como pedir rápido
E você me obedecer, quando te mostrar meu canudo niquelado.
Juro que não quero, mais parece que só me sobra essa “ponta”!
Não tenho outra chance,
Já tentei na sinaleira... Só vexame,
Limpar sapato, não mata a fome
Tenho que pedir para completar
Tô tentando por enquanto só pedir
Mas já vi, que só pedindo, com aquele jeitinho...
Até a cueca nêgo me dá.
A vida é mesmo uma merda
Cheguei à conclusão que viver pra mim não é a questão
Mas tapear a morte, até amanhã, enquanto por sorte, houver amanhã
para mim,
É a solução.
Viro criança a noite, por que no relento choro.
Sinto falta de historinha no ouvido
Sinto falta de historinha no ouvido
Porque sei que filho de bacana só dorme assim.
No meu meio, as histórias começam com tiro e terminam com defunto.
Ah! E tem uma coisa! Dessas, eu já fiz muitas.
Sei que em algum momento meu final não vai ser nada feliz.
Sou figura carimbada e tão normal que de mão já me largaram.
Aliás, desde quando nasci.
Se amanhã, BUMM!!! eu já não estiver por aqui
E tudo que falei continuar acontecendo
Não estranhe!!!
É que não cortaram o mal pela raiz.
